Referências da Cidade

Património Religioso

A igreja matriz, as capelas, as alminhas, os calvários e os cruzeiros, simbolizam o património religioso da freguesia como marcas de uma devoção ao sagrado, característica de população Valonguense, muito ligada à sua terra e a tudo o que dela emana.

A Igreja matriz de Valongo é um dos mais belos exemplares do país e foi construída à custa de um imposto de 5 reis sobre cada alqueire de trigo que entrasse na vila, a que se vieram somar outros sobre o azeite, o vinho e a carne, dando origem a um edifício majestoso numa terra muito pequena, à data da sua construção.

Lousa

A ardósia negra é um dos maiores símbolos da freguesia que sai das entranhas das serras de Valongo.

As lousas e as penas escolares permitiram a milhares de pessoas o acesso à leitura e à escrita, através de um material ecológico e em constante reciclagem. A ardósia formou-se há cerca de 350 milhões de anos com a concreção dos sedimentos arrastados pelos rios para o fundo do mar, através de fortes pressões e temperaturas muito elevadas.

Usada desde sempre para as mais variadas aplicações, viu a sua extração ser industrializada em meados do séc. XIX, através da companhia inglesa “The Vallongo Slate & Marble Quarries”. 

O Pão, a Regueifa e o Biscoito

O pão, a regueifa e o biscoito fazem parte do património histórico da freguesia Valongo que beneficiava da proximidade geográfica com o Porto e enchem de orgulho  todas as gentes desta freguesia.

É provável que o biscoito tenha feito parte das rações dos marinheiros que partiram do Porto para as Descobertas e a regueifa é considerada uma iguaria singular no mundo do pão.

O fabrico de pão está documentado desde a Idade Média, onde era um alimento indispensável do dia-a-dia, mas terá sido no séc. XVI, com o acentuado aumento demográfico da cidade do Porto e a necessidade de abastecer os seus habitantes, que Valongo se transformou no principal centro panificador da região.

As invasões francesas teriam introduzido o “mollet”, pão de trigo pequeno, branco e fofo, revestido por uma crosta estaladiça e dourada, rapidamente transformado em molete. 

As Serras de Valongo

Um património natural a descobrir e conservar.

 As serras de Santa Justa e Pias, são o símbolo da importância do património natural na evolução da vida desta freguesia e representam uma excelente oportunidade de desenvolvimento futuro.

Localizadas a poucos quilómetros da cidade do Porto e repartidas entre os concelhos de Valongo, Gondomar e Paredes, as chamadas serras de Valongo escondem nas covas mais profundas e nas cristas mais desérticas plantas e animais raros e magníficos. Pese embora diversos problemas em termos de conservação do património natural, o valor ecológico deste espaço montanhoso encontra-se bem vincado pela sua inserção na rede europeia do Projecto Biótopos CORINE, pela criação, nas serras de Santa Justa e Pias, do Parque Paleozóico de Valongo.

A relevância das serras e de todo o seu património levou à criação, por parte dos Municípios de Valongo, Gondomar e Paredes, da Associação Parque das Serras do Porto que engloba as serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas, numa área de cerca de seis mil hectares e que integra uma zona com elevado potencial económico, cultural e ambiental e é um projeto orientado para a valorizaçãoe proteção do território.

Este projeto conta com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa.